sábado, 3 de dezembro de 2011

Duvidando...

é como os vermes
que nascem pequeninos e crescem
de um dia para o outro
assim como o dos Anjos costumava
dizer.. somos mortais
e a morte,
ah, a morte
ela nunca será bonita!
do mesmo jeito que a morte
se aproxima sorrateira, lenta (para alguns)
as dúvidas brotam não sei do que
vindo não sei de onde
e começam a subir pra garganta
sufocando quem quer que seja
do mesmo jeito que os vermes fazem
que seja podre,
que seja finito,
que seja destruido
e não seja nada bonito.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

10.000 visitantes...

Um dia meu amigo Eduardo P.L me disse que
"... quanto mais profundos forem 
seus escritos, menor será a chance de 
alguém realmente os ler..."

Então, depois disso, para mim é um vitória
ter chegado aos mais de 10.000 visitantes!!

Muito obrigada a vocês que passeiam por aqui..

Continuem passando por aqui, pois são sempre muito bem-vindos!

Abraços da Extraterrestre!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parabéns, Eduardo!!!
























Desejo a você amigo Eduardo,
toda a felicidade possível!!
Que você continue essa pessoa engraçada, 
jovial e sincera que sempre foi!!

São os votos da amiga Extraterrestre!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Meus motivos"

E se um dia
eu me perder nos
motivos

aqueles que
eu tinha para
contiuar escrevendo

Não se preocupe.
Coloca-los-ei na
ordem alfabetica...

E começarei a reescreve-los
um por um, até que eu
já não tenha mais o que dizer.

Porém, ainda assim
escreverei sobre como é
não ter nada a escrever...

domingo, 6 de novembro de 2011

Alguém me ajuda???


Como boa aluna de cursinho que sou, costumo prestar bastante atenção
em todas as minhas aulas, em especial nas de literatura, na esperança
de agregar algum valor à minha literatura barata que você, querido leitor, está lendo agora.
Não costumo muito, como já devem ter percebido, incluir os leitores nos meus posts.
Não faço diálogos, nem textos "populares" - do tipo que tem milhões de views.
Prefiro a poesia - lá do meu jeito, mas o clássico sempre me atraiu mais.

Pois é, hoje resolvi abrir uma exceção. Até porquê, preciso de ajuda!!

Como ia dizendo, tenho três professores excelentes.
Eugênia Fraietta do blog bichodesetecabeças,Wellington Coelho e Maria Lúcia Peres - a popular Malu.
(Os melhores. A nata em literatura para Ensino Médio, quisa Ensino Superior - de Goiás.)

Então, vocês já devem imaginar que fico quase que vidrada nas aulas deles.
Por semana, tenho uma de cada. Contudo, nunca me senti tão desmotivada e triste
com a literatura como me senti essa semana. Tenho ruminado esse assunto desde terça.

Primeiro, foi com a aula da Eugênia.
Estávamos analisando a crítica do livro Uma Noite em Cinco Atos - Alberto Martins, ed. 34,
para o vestibular da UFG. Não sei o que aconteceu, mas tive a impressão de que minha
professora tem compartilhado das mesmas ideias do autor do livro.
Uma descrença quanto a poesia, quanto à literatura em si. O pensamento de que a poesia acabou,
de que não se tem mais espaço para os poetas, nem para qualquer coisa que demanda um pouco mais
de sensibilidade reina em absoluto no livro, e pelo jeito, também na cabeça da minha professora.
Pra mim, ficou evidente a descrença, principalmente em nós, os mais jovens quanto a
fazer algo que mude a triste realidade da poesia, da literatura.
Eu fiquei realmente chateada com as constatações e com a veemência dela ao repetir e repetir
que nós não damos a mínima para a poesia, que só lemos porque somos obrigados
pelo vestibular, e olha lá. Sei lá, acho que fiquei assim porque ela generalizou demais.
Tá, a aula acabou e até ai tudo bem. (Mentira, mas eu não podia fazer nada).
Depois era a aula do Wellington.

Fomos para o auditório, como de costume, e logo o professor começou a analisar outro livro que aparece no vestibular da UFG. Murilo Rubião, Obra Completa - Murilo Rubião, ed. Companhia de Bolso.
Então, como que confabulando com a Eugênia, ele começou com a total descrença na bondade do ser humano. Com a análise dos contos, "A fila" e "O Lodo", apesar de eu ter adorado quando li, 
meu dia acabou. Thomas More, Maquiavel, Hobbes, Rousseau, deviam ter ficado felicíssimos 
se tivessem assistido a essas duas aulas. 

Putz, definitivamente, voltarei a ler Nietzsche. Será que virei o tal do Sísifo?  Porque tenho me perguntado desde terça " o que que eu tô fazendo aqui nesse blog? se as coisas estão desse jeito, se quem devia acreditar já não acredita mais, por que continuo tentando escrever? pra que? pra quem? "
Eu gosto de escrever. Tudo bem que não sou um Murilo Rubião, um Alberto Martins e piorou um
Álvares de Azevedo da vida, mas eu tento colocar aqui o que vejo por ai...

Dai, depois de pensar muito, foi como se eu tivesse perdido a motivação pra continuar com o blog.
Então, por isso resolvi perguntar pros que ainda lêem. Vale a pena continuar escrevendo?
O Putz, e agora? tem alguma serventia?

domingo, 2 de outubro de 2011

vagas nítidas lembranças.


Costumava-se correr para que funcionassem as brincadeiras...
No tempo de criança tinha muita coisa que não era "val"
                                  Por exemplo: 

- Não é val olhar enquanto esta contando,
- Não é val bater carregada, porque não temos rede,
- Não é val ir pra dentro de casa ou sair da quadra,

                                         ...

No tempo de gente grande tem muita coisa que não é "val"
Mas no tempo de criança,
Respeitava-se, mesmo sem querer, o que não era "val"

No tempo de gente grande, esquece-se o significa "não é val"
E ai, trapaceia-se enquanto conta,
Bate-se carregada mesmo sem rede,
Corre-se pra dentro de casa e sai-se da quadra.

                                         ...

Tudo isso sem o menor medo de sair da brincadeira.

sábado, 24 de setembro de 2011

Post que mereceu um post (8) [sic]


Post do meu querido amigo e visitante constante

João Menéres do Blog Grifo Planante.
Espaço super criativo, design inovador.
João é um excelente fotógrafo, escritor e blogueiro!
(p.s.: lembrando que o português dele é Lusitano.)

Abraços da Extraterrestre, amigo!!


"

HÁ ANOS QUE PENSO ASSIM !



© Pablo Lobato 
( Ilustrador argentino )

Como Woody Allen, acho que era muito bom se assim fosse.
Só não tinha ainda imaginado como despareceria mesmo...


"Na minha próxima vida, quero viver de trás para frente.
Começar morto, para despachar logo o assunto.
Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa.
Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.
Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo.
E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. 
Aí torno-me um bébé inocente até nascer. 
Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa,
e depois - "Voilà!" - desapareço num orgasmo."

                                                                                    "

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Entre sonhos, demônios soltos.


4 travesseiros dividem meu espaço.
Espaço que sequestra pontos.
pingos de pontos a muito trancados.

Que hoje vazam e se revelam dementes.
Em viscosa e rançosa nódoa negra.
Entre sonhos... .

Nas frestas de onde se prendia.
regia uma regra.
Regra que regia um limite.
O limite das frestas. Nada, nunca saiA

Agora no escuro nesse e desse espaço gotas me assombram
Revogando limites Reivindicando direitos [legítimos]
Caindo a compasso Fazendo-me rezar
Para a hora de deitar (demorar a chegar)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Senhas

Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos

Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas

Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades

Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem



                         Adriana Calcanhotto

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Brand New Day


" I'm throwing rocks at your window
You're tying the bed sheets together
They say we are dreaming too big
I say this town's too small
Dream
Send me a sign
Turn back the clock
Give me some time
I need to break out
And make a new name
Let's open our eyes
To the brand new day
It's a brand new day

 I'm throwing rocks at your window
We're leaving this place together
They say that we're flying too high 
Well, get used to looking up
 Turn back the clock
Give me some time
I need to break out
                  And make a new name
                    Let's open our eyes
                   To the brand new day "


Excerto da música: Brand New Day - Ryan Star

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Psicologia de um Vencido – Augusto dos Anjos


Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância…
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme – este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pesadas Palavras

" não me decepciona... não me decepciona... não me decepciona... "


Começa como um simples eco
distante
antigo
que de tão antigo se torna companheiro amigo...

Aquele aperto sufocante
que te atrapalha a respirar,
a pensar, a andar, a começar
ter medo de errar, de cair,
de machucar,
de decepcionar...

Coisas pesadas...

" não me decepciona... não me decepciona... não me decepciona... "


Pesadas coisas...

Apesar do desespero,
da vontade de pedir arrego,
de querer me desmanchar de tanto chorar
e correr pra bem longe estar
quando você,
através do meu baixo eco gritar

" não me decepciona... não me decepciona... não me decepciona... "


Eu sei que vou ficar
e se precisar
aqui estarei pra sempre a escutar
sua voz sussurrar e ecoar... " não me decepciona... não me decepciona... não me decepciona... "

Mas se esperar me ver fraquejar,
por me arranhar parar de lutar,
e nos seus olhos olhar pedindo pra me amparar...

... vai me desculpar,
mas VOU te decepcionar!

Ó ser humano, Ó ser lacrimante, Ó ser ignóbil!

Chorar é fraquejar SIM.
Mas 'somos' humanos, a carne é fraca,
as ideias são fracas, tudo é fraco.

Não existe nada mais degradante que externalizar no derrame de lágrimas¹ que sentimos,
sofremos ou o que quer que seja, mas não somos (mesmo após anos e anos convivendo com isso)
nem capazes nem dignos o bastante para controlar, e o que é pior, não resolver o PRÓPRIO surto momentâneo mantendo a austeridade intacta, a cabeça erguida, os olhos fixos, lúcidos,
impenetráveis e secos.

Já sabemos disso. Não é necessária a
constante lembrança. (Até porquê não esquecemos.)

É para a fixação desse auto-controle, da confirmação da dignidade e austeridade adquiridas
que passamos pela infância; fase em que as lágrimas são permitidas justamente por estarmos começando, aprendendo, vivenciando, nos familiarizando com o externo e o interno (em tese, é claro).

Daí vem o meu gigantesco, visível e gritante asco para com o choro.
A ineficiência, a falta de praticidade e racionalidade dos seres humanos
irrita-me de forma agressiva e QUASE incontrolável.


 Ó ser humano, Ó ser lacrimante, Ó ser ignóbil!

¹ (Secreção jorrante da putrefação interna, nosso "calcanhar de Aquiles", 
aquilo que [d]eus criou como voz que ecoa: - Está aí a fragilidade, a impotência, a vergonha de serem pensantes, mas não racionais!)
Dignidade não significa não sentir.
É ter firmeza até mesmo quando se sente.

cala.te. e a.DOR.meça.


o desconforto
de tão irritado te deixa cego

nas partes pequenas
escondidas
e
mais dolorosas
agulhas insistem em cair

doi, doi, dor, oh
cala.te diante da provação

curve.se e agradeça
o chão de pregos que pisa


[as espumas te afundariam]

Prazer em ser,

totalmente o OPOSTO de vc!


Morta em vida...

...
já existem muitos nós...
nós que já não posso mais desfazer...

Começo a sufocar,
(tem alguém ai? por favor, alguém?)

O desespero que me toma conta não é aquele desespero desesperado
que vem e passa...
É aquele desespero calmo,
que faz questão de me ver começando a sussurrar,
gritar, chorar, definhar, agonizar...

(por favor, só preciso de...)

Por que fui engolir aquilo tudo?
por que não tentei lutar?
me salvar?
Não precisava ser assim
ou talvez... já nem sei...

Sabe aquele sufoco que não sufoca
mais fica te sufocando o tempo todo?

Aquele aperto que não é de verdade
mais destroi até a última gota da alegria
que você não tem mas finge estar sobrando?

Sabe quando engasgas em jejum?
com os próprios pensamentos...

(por favor, me ajuda... não me deixa assim...)

- ... Carpe Diem ...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Destrui[ndo]r indivíduos

[Dedicado à Angela di Munno]

Traçamos nossos caminhos assim que descobrimos,
mesmo que de modo inocente, nossas preferências,
nossas inclinações. Começamos sem ao menos perceber.

Não existe um momento específico.
Independe da idade, do suporte familiar,
ou de qualquer outro detalhe externo.

Todos sabemos que existir não é lá muito difícil,
porém quando nos damos conta que esses caminhos já existem,
difícil mesmo, é sentir orgulho das formas que eles tomam.

Para existir só basta nascer.
Para viver precisa-se nascer,
mas não basta só existir.

Desenhar os caminhos independe da vontade própria ou alheia.
É como o pulsar constante do músculo cardíaco, não se tem controle.
Mas quando tiramos o direito de alguém de seguir o próprio caminho...


Seria o mesmo que ao longo dos anos, irmos acumulando pequenos ateromas
na parede dos vasos sanguíneos. O coração continua a pulsar, porém 
dia após dia deteriora-se. Destrói-se as fibras musculares irreconstituíveis.

É isso que se faz quando tenta-se impor a alguém, 
ritmo com passos maiores ou menores que o tamanho
e a largura dos caminhos, já desenhados, permitem...

Para matar-se um individuo, um ser humano,
não é necessário enfiar-lhe um punhal no músculo vital.
Seria, até mesmo, muita compaixão e bondade.

A dor das bolhas em carne exposta
de quem calça sapatos menores ou maiores que seus pés 
e ainda por cima é obrigado a seguir 
t  ro p eça  nd  o  e 

                camb
                        alean
                                 do 

por caminhos alheios,
é muito maior e perdura por muito mais tempo que a dor do punhal no músculo vital.


sábado, 13 de agosto de 2011

Post avulso. (Geração cursinho) [3]

Papeis.. listas... bedéis...
Tudo isso nos persegue
dsd as 7:10

qnt é a inscrição?
qnt é a viagem?
e o $ pro almoço?

o qq tá no edital?
vai dar tmp d vr tud e tal?
e o resumo d literatura
meu Deus q coisa obscura...

marcaram a data do vest.
disseram q cinética n vai dar..
o prof. ñ sabe explicar..
daí a gnt é q vai se estrepar...

ñ faz diferença.. 
p/vest. o negócio é estudar..
e depois rezar..  
pra cair só o q a gnt lembrar...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

minha última redação entregada dia 09/08/11

 

Identidade individual X Identidade coletiva
             
                O conceito da palavra 'identidade' vem sendo objeto de estudos e interessa a vários ramos do conhecimento - por exemplo, à sociologia, à filosofia, entre outros. Porém a definição mais conhecida e adotada ao genérico é: Junção das idiossincrasias de seres animados ou inanimados culminando na diferenciação do mesmos, quer diante do grupo das diversidades, ou ante seus semelhantes.
               Em nós, seres humanos, a linha entre o individual e o coletivo é tão tênue que vem se tornando cada vez mais difícil discernir o que é parte de nós, nossa personalidade, e o que vem de influências externas. Fato que se dá pelo constante bombardeio, desde tenra idade, das diversas ideologias, vertentes e formas de comportamentos a serem seguidos. Assim, somos encurralados e levados a pensar que certos valores e atitudes fazem parte do padrão correto a ser adotado.
               Frequentemente deparamo-nos com grupos que por já possuirem valores estabelecidos, somente nos aceitam se nos sujeitarmos em prol de adotar os mandamentos da coletividade. Mesmo que isso signifique a total anulação da nossa individualidade, que é um dos valores fundamentais de todo ser humano, é o que se espera que façamos.
               Acreditar que somente teremos valor perante os grupos estabelecidos se possuirmos determinados bens ou se pensarmos como os demais, não levando em consideração o que somos (ou pensamos) de fato, culmina na negação de nossa personalidade, fazendo-nos marionetes da vontade de outrem. Isso leva-nos à infelicidade e o completo vazio existencial, ou ainda pior: à felicidade aparente, falsa.
                Não somos o que compramos, nem os programas que assistimos. Nossos deuses não são jogadores de futebol ou participantes de reality shows. Somos únicos, pensantes, e como tal, distorcemos a "realidade" em nosso favor. Quem mutila a própria personalidade, tende a pagar o alto preço da ausência de identidade, que nada mais é que a distância de si para esmorecer perante a identidade grupal, sendo tratado como mera engrenagem que gira a vontade alheia.

domingo, 7 de agosto de 2011

Post que mereceu um post (7) [sic]

Eu estava parada no meio do nada. Uma forte luz ofuscava a minha visão. Eu não conseguia abrir os olhos. Tentei caminhar, mas meu corpo não obedecia aos comandos do meu cérebro. Eu estava paralisada. Tentei respirar fundo, mas senti uma dor enorme no peito. A forte luz ainda me incomodava, estava lentamente me acostumando com a claridade. Tapei os olhos com as mãos e tentei abri-los novamente. Eles arderam como fogo. Quando finalmente consegui abri-los, percebi que tinha uma pessoa deitada no chão a alguns metros de mim. Tentei perguntar quem era, mas nem eu mesma pude ouvir minha voz. Respirei fundo e percebi que a dor no meu peito havia desaparecido. Forcei meus pulmões e minha garganta e consegui falar com uma voz baixa e rouca:

- Quem está aí?

Não houve resposta alguma. Tentei caminhar e meu corpo respondeu lentamente. Minhas pernas tremeram quando dei o primeiro passo e por um momento não senti o chão sob meus pés, parecia que eu estava flutuando. Mas o vôo não durou muito tempo. Eu me choquei no chão como uma pedra, me apoiando em minhas mãos e joelhos, sentindo uma dor enorme que parecia querer me rasgar ao meio. Levantei com dificuldade, me esforçando para ficar de pé. Respirei fundo e dei um passo firme. Consegui me manter de pé. Olhei para frente e a pessoa continuava imóvel no chão. Gritei novamente, mas foi em vão. Dei mais um passo à frente, caminhando em sua direção, tentando distinguir sua fisionomia. Ela me parecia familiar. Caminhei lentamente e com muito cuidado.
Quando me aproximei daquele corpo imóvel à minha frente, senti meu estômago embrulhar e minha cabeça girar. Uma angústia terrível se abateu subitamente sobre mim. Eu conhecia aquela pessoa. Minha garganta estava seca. Fiquei paralisada. Meu rosto estava estático com uma expressão indescritível. Meus olhos se encheram de lágrimas. Me aproximei e me inclinei sobre o corpo. Não pude acreditar no que eu estava vendo! Aquela pessoa imóvel, estirada no chão, sem nenhum sinal de vida, tão pálida que chegava a doer os olhos ao olhar para ela, era... eu!



 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

dos porquês que as flores morrem..

Diziam que era bela.
Belezas dessas que precisam de remendados adornos.
Toda quinta-feira tomava seu remédio.
E passava sorvendo-me os últimos pedaços de infância.
Época que as calçadas eram feitas de verdades eternas.
E os pecados ainda ficavam para os abraços dos cobertores.
Quantas vezes eu amei a novela e a ponte que trazia em seu corpo.
Um dia atravessei a ponte e os lápis perderam as cores.
Nascia a poetisa que não queria nascer, a poetisa meia, a poetisa não.
Bem vindo piso frio, rosto seco que sossega todas as grades.
Bem vindo homem de bem, atalaia das horas sem pressa.
Pro inferno o intelectual! 
Necessito de uma ignorância que me compreenda.
Que me dê o calor de novas cicatrizes.
Enquanto não descobrirem que estou aqui calada á margem da linha.
E que o ponto final só existe na poesia para quem ler.

domingo, 31 de julho de 2011

O passado que sou eu.

As luzes apagam-se
sentidos confundem-se..
 - Será isso ilusão? - talvez não.

Essa musica que cresce
- de quem é? - eu mesma fiz?!
Presa em minha própria mente
já não mais, vivo o presente..

Estive presa no passado
que me ataca, traiçoeiro
estava tão errada...
Com lembranças engasgadas

Que me cercam sem cessar

Enrolei-me comigo mesma
No passado que já fui
E não consigo deixar de ser...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Estou de recesso. 
Fui visitar papai e mamãe lá no meu planeta.
Abraços da extraterrestre!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

If todady was your last day..


" My best friend gave me the best advice
He said each day's a gift and not a given right
Leave no stone unturned, leave your fears behind
And try to take the path less traveled by
Like first step you take is the longest stride

If today was your last day
tomorrow was too late
Could you say goodbye to yesterday?
Would you live each moment like your last?
Leave old pictures in the past
Donate every dime you have?
Would you call old friends you never see?
Reminisce old memories
Would you forgive your enemies?
Would you find that one you're dreamin' of?
Swear up and down to God above
That you finally fall in love
If today was your last day "

Excerto da musica, If today was your last day. Nickelback.

domingo, 26 de junho de 2011

Post que mereceu um post (6) [sic]

Que sacada hen meu amigo?!
desenho do meu querido amigo terrestre Eduardo.


FHC maconha, Lula 51, E.P.L. blogs e Dilma mulheres!!!!

O mundo sem mim..

Laura, after the Crash. The helicopter she was traveling in crashed into an open, dry field and burst info flames, killing three of the six passengers on board, including the pilot. Laura survived, but barely. She was burned, crushed, and near death. She broke 45 bones. She was pulled from the burning wreckage by her hair. To this day, she still cannot walk. While there wasn't a part of her body that was unharmed, her spirit and determination to live a full, happy life remains stronger than ever. This image taken in a lush, green field is meant to signify her rebirth.
(Photo and caption by Judy Starkman).






     





  


Outro dia, fiquei pensando no mundo sem mim.
Há o mundo continuando a fazer o que faz.
E eu não estou lá. Muito estranho. Penso
No caminhão do lixo passando e levando o lixo
E eu não estou lá. Ou o jornal jogado no jardim
E eu não estou lá para pegá-lo. Impossível.
E pior, algum tempo depois de estar morto, vou ser
Verdadeiramente descoberto. E todos aqueles
Que tinham medo de mim ou me odiavam
Vão subitamente me aceitar. Minhas palavras
Vão estar em todos os lugares. Vão se formar
Clubes e sociedades. Será nojento.
Será feito um filme sobre a minha vida.
Me farão muito mais corajoso e talentoso do que
Sou. Muito mais. Será suficiente para fazer
Os deuses vomitarem. A raça humana exagera
Em tudo: seus heróis, seus inimigos, sua importância.

Charles Bukowski

domingo, 19 de junho de 2011

(Álvares de Azevedo e José Paulo Paes - post mortem)

Rio Tietê. Ponte do Piqueri, zona norte de São Paulo.


Zé Paulo
  (...) A propósito, sabe como a engenharia se refere aos túneis e às pontes?

Álvares não responde.

Zé Paulo
       Como obras de arte.

Álvares
       Eu não sabia.

Zé Paulo
        É isso que são os túneis, as pontes, as esquinas...
Lugares onde o tempo muda de corpo... Quando você está no
alto de uma ponte, tanto faz se você a atravessou daqui pra
lá ou de lá pra cá. O importante, quando você está no alto
de uma ponte, é estar... (escolhe as palavras com cuidado)
precisamente... no alto da ponte. É o momento mais difícil...
É como... respirar na ponta de uma agulha... como cavar
um túnel: você o atravessa ao mesmo tempo que o constrói... 

excerto de UMA NOITE EM CINCO ATOS, Alberto Martins.

sábado, 18 de junho de 2011

Porque eu também penso no futuro...


*Na churrascaria.

(Garçom) - Olá senhor, qual carne você deseja?
(Cliente) - Pode me ver uma alcatra.
(Garçom) - Ok, Natural ou Sintetica?
(Cliente) - Como?! Ahh sim, pode ser sintética, minha esposa não come carne natural.
(Garçom) - Certo, e como preferem a carne?
(Cliente) - Boi berrando... quero dizer reação incompleta por favor...
(Garçom) - Ok,  nosso químico começará a fazer o seu prato.

quarta-feira, 15 de junho de 2011