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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sobre durezas.

"das imensas coisas enormemente difíceis

é difícil dar adeus
não adeusinho
não até loguinho
não despedir-se dignamente
digo dar adeus como decepar a mão direita, porque está podre e em breve vai feder e gangrenar
dar adeus àquilo que vai permanecer embora decepado
mas que não pode continuar"

e.f

Via Eugênia Fraietta

quinta-feira, 9 de julho de 2015

entre mim e o tempo...


O tempo que me ensinou os primeiros passos,
foi o mesmo que me fez dar os primeiros tombos...
O mesmo tempo que me fez ver um mundo inteiro,
foi o mesmo que me mostrou que esse mundo todo não é só pra mim...

O tempo que me convidou a sentir as melhores sensações,
é o mesmo que sempre as limita a poucas ocasiões...
O tempo que pra mim foi o dos melhores sorrisos, por me ensinar a soltar pipa,
também tirou-os de mim quando percebi que o vento as vezes para de soprar...

O mesmo tempo que na infância me trouxe brilho aos olhos,
é o mesmo que hoje me trás a idade,
a descrença e
olhos opacos...

quarta-feira, 11 de março de 2015

Remorso

Remorso


Às vezes uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando,
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!

(Olavo Bilac)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

das minhas brigas com ele.

De tudo que era
acabou-se perdendo
Nas águas que xiam
e vão poderosas

Na dor e torpor
a pílula vence
todo dia a dose
saboreia descrente

Da ilusão que havia
no coração de menina
a vida se inclina
e mata, dia após dia

E o lítio amigo
torna ilícito
a euforia de antes
dos dias perdidos

Fecha os olhos
espelho da alma
opacos estão
não valem mais nada

Um dia se para
domar não é certo
a pílula mata


o eu bem de perto

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

salve.se

Voa
e voa pra longe

Fica
se quiser que te peguem

corre,
não deixe que matem

Senta.
E espera que vem.
a dor de um dia ter sido,
verdadeiramente, alguém.

sexta-feira, 30 de março de 2012

A lista dos meus sonhos...


Faça uma Lista dos sonhos que tinha...

Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora

Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?

Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você


Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver

Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você.

                                 A lista - Oswaldo Montenegro


domingo, 6 de novembro de 2011

Alguém me ajuda???


Como boa aluna de cursinho que sou, costumo prestar bastante atenção
em todas as minhas aulas, em especial nas de literatura, na esperança
de agregar algum valor à minha literatura barata que você, querido leitor, está lendo agora.
Não costumo muito, como já devem ter percebido, incluir os leitores nos meus posts.
Não faço diálogos, nem textos "populares" - do tipo que tem milhões de views.
Prefiro a poesia - lá do meu jeito, mas o clássico sempre me atraiu mais.

Pois é, hoje resolvi abrir uma exceção. Até porquê, preciso de ajuda!!

Como ia dizendo, tenho três professores excelentes.
Eugênia Fraietta do blog bichodesetecabeças,Wellington Coelho e Maria Lúcia Peres - a popular Malu.
(Os melhores. A nata em literatura para Ensino Médio, quisa Ensino Superior - de Goiás.)

Então, vocês já devem imaginar que fico quase que vidrada nas aulas deles.
Por semana, tenho uma de cada. Contudo, nunca me senti tão desmotivada e triste
com a literatura como me senti essa semana. Tenho ruminado esse assunto desde terça.

Primeiro, foi com a aula da Eugênia.
Estávamos analisando a crítica do livro Uma Noite em Cinco Atos - Alberto Martins, ed. 34,
para o vestibular da UFG. Não sei o que aconteceu, mas tive a impressão de que minha
professora tem compartilhado das mesmas ideias do autor do livro.
Uma descrença quanto a poesia, quanto à literatura em si. O pensamento de que a poesia acabou,
de que não se tem mais espaço para os poetas, nem para qualquer coisa que demanda um pouco mais
de sensibilidade reina em absoluto no livro, e pelo jeito, também na cabeça da minha professora.
Pra mim, ficou evidente a descrença, principalmente em nós, os mais jovens quanto a
fazer algo que mude a triste realidade da poesia, da literatura.
Eu fiquei realmente chateada com as constatações e com a veemência dela ao repetir e repetir
que nós não damos a mínima para a poesia, que só lemos porque somos obrigados
pelo vestibular, e olha lá. Sei lá, acho que fiquei assim porque ela generalizou demais.
Tá, a aula acabou e até ai tudo bem. (Mentira, mas eu não podia fazer nada).
Depois era a aula do Wellington.

Fomos para o auditório, como de costume, e logo o professor começou a analisar outro livro que aparece no vestibular da UFG. Murilo Rubião, Obra Completa - Murilo Rubião, ed. Companhia de Bolso.
Então, como que confabulando com a Eugênia, ele começou com a total descrença na bondade do ser humano. Com a análise dos contos, "A fila" e "O Lodo", apesar de eu ter adorado quando li, 
meu dia acabou. Thomas More, Maquiavel, Hobbes, Rousseau, deviam ter ficado felicíssimos 
se tivessem assistido a essas duas aulas. 

Putz, definitivamente, voltarei a ler Nietzsche. Será que virei o tal do Sísifo?  Porque tenho me perguntado desde terça " o que que eu tô fazendo aqui nesse blog? se as coisas estão desse jeito, se quem devia acreditar já não acredita mais, por que continuo tentando escrever? pra que? pra quem? "
Eu gosto de escrever. Tudo bem que não sou um Murilo Rubião, um Alberto Martins e piorou um
Álvares de Azevedo da vida, mas eu tento colocar aqui o que vejo por ai...

Dai, depois de pensar muito, foi como se eu tivesse perdido a motivação pra continuar com o blog.
Então, por isso resolvi perguntar pros que ainda lêem. Vale a pena continuar escrevendo?
O Putz, e agora? tem alguma serventia?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Entre sonhos, demônios soltos.


4 travesseiros dividem meu espaço.
Espaço que sequestra pontos.
pingos de pontos a muito trancados.

Que hoje vazam e se revelam dementes.
Em viscosa e rançosa nódoa negra.
Entre sonhos... .

Nas frestas de onde se prendia.
regia uma regra.
Regra que regia um limite.
O limite das frestas. Nada, nunca saiA

Agora no escuro nesse e desse espaço gotas me assombram
Revogando limites Reivindicando direitos [legítimos]
Caindo a compasso Fazendo-me rezar
Para a hora de deitar (demorar a chegar)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Senhas

Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos

Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas

Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades

Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem



                         Adriana Calcanhotto

domingo, 28 de agosto de 2011

Brand New Day


" I'm throwing rocks at your window
You're tying the bed sheets together
They say we are dreaming too big
I say this town's too small
Dream
Send me a sign
Turn back the clock
Give me some time
I need to break out
And make a new name
Let's open our eyes
To the brand new day
It's a brand new day

 I'm throwing rocks at your window
We're leaving this place together
They say that we're flying too high 
Well, get used to looking up
 Turn back the clock
Give me some time
I need to break out
                  And make a new name
                    Let's open our eyes
                   To the brand new day "


Excerto da música: Brand New Day - Ryan Star

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

cala.te. e a.DOR.meça.


o desconforto
de tão irritado te deixa cego

nas partes pequenas
escondidas
e
mais dolorosas
agulhas insistem em cair

doi, doi, dor, oh
cala.te diante da provação

curve.se e agradeça
o chão de pregos que pisa


[as espumas te afundariam]

Morta em vida...

...
já existem muitos nós...
nós que já não posso mais desfazer...

Começo a sufocar,
(tem alguém ai? por favor, alguém?)

O desespero que me toma conta não é aquele desespero desesperado
que vem e passa...
É aquele desespero calmo,
que faz questão de me ver começando a sussurrar,
gritar, chorar, definhar, agonizar...

(por favor, só preciso de...)

Por que fui engolir aquilo tudo?
por que não tentei lutar?
me salvar?
Não precisava ser assim
ou talvez... já nem sei...

Sabe aquele sufoco que não sufoca
mais fica te sufocando o tempo todo?

Aquele aperto que não é de verdade
mais destroi até a última gota da alegria
que você não tem mas finge estar sobrando?

Sabe quando engasgas em jejum?
com os próprios pensamentos...

(por favor, me ajuda... não me deixa assim...)

- ... Carpe Diem ...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Destrui[ndo]r indivíduos

[Dedicado à Angela di Munno]

Traçamos nossos caminhos assim que descobrimos,
mesmo que de modo inocente, nossas preferências,
nossas inclinações. Começamos sem ao menos perceber.

Não existe um momento específico.
Independe da idade, do suporte familiar,
ou de qualquer outro detalhe externo.

Todos sabemos que existir não é lá muito difícil,
porém quando nos damos conta que esses caminhos já existem,
difícil mesmo, é sentir orgulho das formas que eles tomam.

Para existir só basta nascer.
Para viver precisa-se nascer,
mas não basta só existir.

Desenhar os caminhos independe da vontade própria ou alheia.
É como o pulsar constante do músculo cardíaco, não se tem controle.
Mas quando tiramos o direito de alguém de seguir o próprio caminho...


Seria o mesmo que ao longo dos anos, irmos acumulando pequenos ateromas
na parede dos vasos sanguíneos. O coração continua a pulsar, porém 
dia após dia deteriora-se. Destrói-se as fibras musculares irreconstituíveis.

É isso que se faz quando tenta-se impor a alguém, 
ritmo com passos maiores ou menores que o tamanho
e a largura dos caminhos, já desenhados, permitem...

Para matar-se um individuo, um ser humano,
não é necessário enfiar-lhe um punhal no músculo vital.
Seria, até mesmo, muita compaixão e bondade.

A dor das bolhas em carne exposta
de quem calça sapatos menores ou maiores que seus pés 
e ainda por cima é obrigado a seguir 
t  ro p eça  nd  o  e 

                camb
                        alean
                                 do 

por caminhos alheios,
é muito maior e perdura por muito mais tempo que a dor do punhal no músculo vital.


sábado, 13 de agosto de 2011

Post avulso. (Geração cursinho) [3]

Papeis.. listas... bedéis...
Tudo isso nos persegue
dsd as 7:10

qnt é a inscrição?
qnt é a viagem?
e o $ pro almoço?

o qq tá no edital?
vai dar tmp d vr tud e tal?
e o resumo d literatura
meu Deus q coisa obscura...

marcaram a data do vest.
disseram q cinética n vai dar..
o prof. ñ sabe explicar..
daí a gnt é q vai se estrepar...

ñ faz diferença.. 
p/vest. o negócio é estudar..
e depois rezar..  
pra cair só o q a gnt lembrar...

domingo, 26 de junho de 2011

O mundo sem mim..

Laura, after the Crash. The helicopter she was traveling in crashed into an open, dry field and burst info flames, killing three of the six passengers on board, including the pilot. Laura survived, but barely. She was burned, crushed, and near death. She broke 45 bones. She was pulled from the burning wreckage by her hair. To this day, she still cannot walk. While there wasn't a part of her body that was unharmed, her spirit and determination to live a full, happy life remains stronger than ever. This image taken in a lush, green field is meant to signify her rebirth.
(Photo and caption by Judy Starkman).






     





  


Outro dia, fiquei pensando no mundo sem mim.
Há o mundo continuando a fazer o que faz.
E eu não estou lá. Muito estranho. Penso
No caminhão do lixo passando e levando o lixo
E eu não estou lá. Ou o jornal jogado no jardim
E eu não estou lá para pegá-lo. Impossível.
E pior, algum tempo depois de estar morto, vou ser
Verdadeiramente descoberto. E todos aqueles
Que tinham medo de mim ou me odiavam
Vão subitamente me aceitar. Minhas palavras
Vão estar em todos os lugares. Vão se formar
Clubes e sociedades. Será nojento.
Será feito um filme sobre a minha vida.
Me farão muito mais corajoso e talentoso do que
Sou. Muito mais. Será suficiente para fazer
Os deuses vomitarem. A raça humana exagera
Em tudo: seus heróis, seus inimigos, sua importância.

Charles Bukowski

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Gerundismo I

" O gerúndio é a promessa da eternidade
que se espreguiça no presente.
Mesmo debaixo dos olhos da vida. "


Maria João Freitas