Hoje olho as coisas
diferentes de como olhava ontem.
Vejo o mundo mais seco. Mais áspero. Bem mais bonito!
Não que, antes, não fosse assim.
Já era.
Estava presa em páginas inúteis
como num "prefácio" da verdadeira felicidade.
Hoje, vivo o enredo. Cheio de montanhas,
cheio de planícies e cachoeiras e reticências.
eu sinto vergonha
não consigo evitar. Vergonha da fraqueza alheia
Muita
por ver que a maioria passa a vida
na página da "dedicatória".
Mas os tricíclicos estão ai.
Como uma mão invisível que segura essa e amassa as outras...
Soren Kierkegaard (1813-1855)
domingo, 16 de agosto de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
Isomeria imperfeita. (repost)
E eu a olho no espelho
fingindo que não mais a vejo
menina.. você não é.
Por que se trair assim?
vale a pena esse copo de Gim?
e você sempre disse que é um caminho sem volta.
E eu dizia que é só dar meia volta..
Então, você pergunta sobre a imagem que construiu
eu me calo e penso - de que adianta sendo que isso a destruiu?
Foge. Corre.
Esconda-se no tempo sem horas
nas alucinações da cana
de tudo aquilo que a mostra em pelo..
E eu,
eu continuo aqui.
olhando-a do espelho...
fingindo que não mais a vejo
menina.. você não é.
Por que se trair assim?
vale a pena esse copo de Gim?
e você sempre disse que é um caminho sem volta.
E eu dizia que é só dar meia volta..
Então, você pergunta sobre a imagem que construiu
eu me calo e penso - de que adianta sendo que isso a destruiu?
Foge. Corre.
Esconda-se no tempo sem horas
nas alucinações da cana
de tudo aquilo que a mostra em pelo..
E eu,
eu continuo aqui.
olhando-a do espelho...
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Bilhete pro meu Suicídio... (repost)
Goiânia, 13 de Dezembro de 2010
Basta.
Enfim.
Meus sonhos já não mais existem.
O que [sou|era] já me dói, mas não como antes,
aquela dor de quem acredita e se corta
lutando por isso.
A dor agora é de um alguém comum.
De um alguém vencido.
É muito mais vergonha por ter caído de joelhos
aos pés da massificação do que dor.
A vergonha de mim mesma, dói muito mais que a própria dor.
Eu nunca tive vontade de jogar nada pro alto.
O medo da vergonha que cresce e de meu ser toma conta, anestesia meus membros.
Por que?
Não sei porque me mato.
Não sei se por vergonha,
Por medo,
Por dor ou
Se por muito de tudo isso...
Conviver com a dor da vergonha já não me é mais possível...
Não quando me obrigo a olhar no espelho todos os dias...
Por isso e por coisas mais, me mato hoje.
Me matarei amanhã e depois e depois....
Me matei a primeira vez, na verdade,
quando aceitei abster-me de meus valores
para que outros pudessem ratificar os seus.
MEUS VALORES.
Não os que tentaram incutir em mim.
me matei me mato me matarei
Gostaria de não ter eu mesma, me traído, me negado.
Fui Judas de mim mesma. Fui Pedro de mim mesma.
Basta.
Enfim.
Meus sonhos já não mais existem.
O que [sou|era] já me dói, mas não como antes,
aquela dor de quem acredita e se corta
lutando por isso.
A dor agora é de um alguém comum.
De um alguém vencido.
É muito mais vergonha por ter caído de joelhos
aos pés da massificação do que dor.
A vergonha de mim mesma, dói muito mais que a própria dor.
Eu nunca tive vontade de jogar nada pro alto.
O medo da vergonha que cresce e de meu ser toma conta, anestesia meus membros.
Por que?
Não sei porque me mato.
Não sei se por vergonha,
Por medo,
Por dor ou
Se por muito de tudo isso...
Conviver com a dor da vergonha já não me é mais possível...
Não quando me obrigo a olhar no espelho todos os dias...
Por isso e por coisas mais, me mato hoje.
Me matarei amanhã e depois e depois....
Me matei a primeira vez, na verdade,
quando aceitei abster-me de meus valores
para que outros pudessem ratificar os seus.
MEUS VALORES.
Não os que tentaram incutir em mim.
me matei me mato me matarei
Gostaria de não ter eu mesma, me traído, me negado.
Fui Judas de mim mesma. Fui Pedro de mim mesma.
entre mim e o tempo...
O tempo que me ensinou os primeiros passos,
foi o mesmo que me fez dar os primeiros tombos...
O mesmo tempo que me fez ver um mundo inteiro,
foi o mesmo que me mostrou que esse mundo todo não é só pra mim...
foi o mesmo que me mostrou que esse mundo todo não é só pra mim...
O tempo que me convidou a sentir as melhores sensações,
é o mesmo que sempre as limita a poucas ocasiões...
O tempo que pra mim foi o dos melhores sorrisos, por me ensinar a soltar pipa,
também tirou-os de mim quando percebi que o vento as vezes para de soprar...
O mesmo tempo que na infância me trouxe brilho aos olhos,
é o mesmo que hoje me trás a idade,
a descrença e
olhos opacos...
olhos opacos...
terça-feira, 30 de junho de 2015
do que não fica pra trás...
não dá pra deixar lá atrás.
A certeza do devir
não parece o bastante pra perceber que morreu lá.
Lá longe. Onde devia ter ficado.
sem buracos ou janelas pra ser acessado.
sem voz. numa rouquidão muda.
A mente trai. Heráclito devia ter sabido... O hoje vive
na sombra do ontem. Não importa o quanto se esforce
pro devir vir... junto com o "ah, esqueci".
Alguns dizem que aprenderam
outros que só se atrasaram e se magoaram..
eu fico com a segunda turma... e com um pouco da primeira.
mas ainda quero enterrar
num caixão de chumbo...
Marcadores:
Confissões...,
Das minhas (in) conclusões...,
Desabafando,
Do pouco que ainda em mim dói...,
Esses são meus,
Eu e eu mesma...
quarta-feira, 11 de março de 2015
Remorso
Remorso
Às vezes uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando,
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.
Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!
Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.
Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
(Olavo Bilac)
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!
Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.
Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
(Olavo Bilac)
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
given up...
" Every night I empty my heart
but by morning it's full again
slowly droplets of you seep in
throught the nights soft cares
at down I overflow with thoughts
of us, an aching pleasure that
gives me no respite
love cannot be contained
the neat packaging of desire
splits asender, spelling carmezin throught my days,
long languishing
days that are now brused
tender with yanning
spent searching for a fingerprint
a scent, a breath you left behind... "
but by morning it's full again
slowly droplets of you seep in
throught the nights soft cares
at down I overflow with thoughts
of us, an aching pleasure that
gives me no respite
love cannot be contained
the neat packaging of desire
splits asender, spelling carmezin throught my days,
long languishing
days that are now brused
tender with yanning
spent searching for a fingerprint
a scent, a breath you left behind... "
das minhas brigas com ele.
De tudo que era
acabou-se perdendo
Nas águas que xiam
e vão poderosas
Na dor e torpor
a pílula vence
todo dia a dose
saboreia descrente
Da ilusão que havia
no coração de menina
a vida se inclina
e mata, dia após dia
E o lítio amigo
torna ilícito
a euforia de antes
dos dias perdidos
Fecha os olhos
espelho da alma
opacos estão
não valem mais nada
Um dia se para
domar não é certo
a pílula mata
o eu bem de perto
acabou-se perdendo
Nas águas que xiam
e vão poderosas
Na dor e torpor
a pílula vence
todo dia a dose
saboreia descrente
Da ilusão que havia
no coração de menina
a vida se inclina
e mata, dia após dia
E o lítio amigo
torna ilícito
a euforia de antes
dos dias perdidos
Fecha os olhos
espelho da alma
opacos estão
não valem mais nada
Um dia se para
domar não é certo
a pílula mata
o eu bem de perto
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
fita adesiva.
acorrentada a lugares sem horas
paredes descobertas
sorrisos sem sorrir.
e o mundo cobra
na chuva que nos molha
que gruda e nos mostra
e que me chama silenciosamente
e como que diz:
- não reclama. eu molho o que já não mais te serve. mesmo que você não veja.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
salve.se
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
O querer
Quando tinha não queria
quando quer não tem
o mundo gira em torno disso
do desdém...
e as horas vão passando
pensamentos passeiam
por ruas habitadas por outros
e o coração não obedece
afoga o que te põe a nu
o que revela as insensatezes
desse querer que se mostra poderoso
que destroi a carne e te mostra inteiro
No meu sangue corre veias
velhas companheiras
que não deixam sair
o fluxo
desses quereres indizíveis
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