Goiânia, 13 de Dezembro de 2010
Basta.
Enfim.
Meus sonhos já não mais existem.
O que [sou|era] já me dói, mas não como antes,
aquela dor de quem acredita e se corta
lutando por isso.
A dor agora é de um alguém comum.
De um alguém vencido.
É muito mais vergonha por ter caído de joelhos
aos pés da massificação do que dor.
A vergonha de mim mesma, dói muito mais que a própria dor.
Eu nunca tive vontade de jogar nada pro alto.
O medo da vergonha que cresce e de meu ser toma conta, anestesia meus membros.
Por que?
Não sei porque me mato.
Não sei se por vergonha,
Por medo,
Por dor ou
Se por muito de tudo isso...
Conviver com a dor da vergonha já não me é mais possível...
Não quando me obrigo a olhar no espelho todos os dias...
Por isso e por coisas mais, me mato hoje.
Me matarei amanhã e depois e depois....
Me matei a primeira vez, na verdade,
quando aceitei abster-me de meus valores
para que outros pudessem ratificar os seus.
MEUS VALORES.
Não os que tentaram incutir em mim.
me matei me mato me matarei
Gostaria de não ter eu mesma, me traído, me negado.
Fui Judas de mim mesma. Fui Pedro de mim mesma.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
entre mim e o tempo...
O tempo que me ensinou os primeiros passos,
foi o mesmo que me fez dar os primeiros tombos...
O mesmo tempo que me fez ver um mundo inteiro,
foi o mesmo que me mostrou que esse mundo todo não é só pra mim...
foi o mesmo que me mostrou que esse mundo todo não é só pra mim...
O tempo que me convidou a sentir as melhores sensações,
é o mesmo que sempre as limita a poucas ocasiões...
O tempo que pra mim foi o dos melhores sorrisos, por me ensinar a soltar pipa,
também tirou-os de mim quando percebi que o vento as vezes para de soprar...
O mesmo tempo que na infância me trouxe brilho aos olhos,
é o mesmo que hoje me trás a idade,
a descrença e
olhos opacos...
olhos opacos...
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