Mostrando postagens com marcador Do pouco que ainda em mim dói.... Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Do pouco que ainda em mim dói.... Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Bilhete pro meu Suicídio... (repost)

Goiânia, 13 de Dezembro de 2010


Basta.
Enfim.

Meus sonhos já não mais existem.
O que [sou|era] já me dói, mas não como antes,
aquela dor de quem acredita e se corta
lutando por isso.
A dor agora é de um alguém comum.
De um alguém vencido.
É muito mais vergonha por ter caído de joelhos
aos pés da massificação do que dor.

A vergonha de mim mesma, dói muito mais que a própria dor.
Eu nunca tive vontade de jogar nada pro alto.
O medo da vergonha que cresce e de meu ser toma conta, anestesia meus membros.

Por que?

Não sei porque me mato.
Não sei se por vergonha,
Por medo,
Por dor ou
Se por muito de tudo isso...

Conviver com a dor da vergonha já não me é mais possível...
Não quando me obrigo a olhar no espelho todos os dias...

Por isso e por coisas mais, me mato hoje.
Me matarei amanhã e depois e depois....

Me matei a primeira vez, na verdade,
quando aceitei abster-me de meus valores
para que outros pudessem ratificar os seus.

MEUS VALORES.
Não os que tentaram incutir em mim.


me matei      me mato      me matarei

Gostaria de não ter eu mesma, me traído, me negado.
Fui Judas de mim mesma. Fui Pedro de mim mesma.

entre mim e o tempo...


O tempo que me ensinou os primeiros passos,
foi o mesmo que me fez dar os primeiros tombos...
O mesmo tempo que me fez ver um mundo inteiro,
foi o mesmo que me mostrou que esse mundo todo não é só pra mim...

O tempo que me convidou a sentir as melhores sensações,
é o mesmo que sempre as limita a poucas ocasiões...
O tempo que pra mim foi o dos melhores sorrisos, por me ensinar a soltar pipa,
também tirou-os de mim quando percebi que o vento as vezes para de soprar...

O mesmo tempo que na infância me trouxe brilho aos olhos,
é o mesmo que hoje me trás a idade,
a descrença e
olhos opacos...

terça-feira, 30 de junho de 2015

do que não fica pra trás...

e é como se o mundo estivesse num loop eterno.
não dá pra deixar lá atrás.
A certeza  do devir
não parece o bastante pra perceber que morreu lá.

Lá longe. Onde devia ter ficado.
sem buracos ou janelas pra ser acessado.
sem voz. numa rouquidão muda.

A mente trai. Heráclito devia ter sabido... O hoje vive
na sombra do ontem. Não importa o quanto se esforce
pro devir vir... junto com o "ah, esqueci".

Alguns dizem que aprenderam
outros que só se atrasaram e se magoaram..
eu fico com a segunda turma... e com um pouco da primeira.

mas ainda quero enterrar
num caixão de chumbo...



sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O querer

 
Quando tinha não queria
quando quer não tem
o mundo gira em torno disso
do desdém...

e as horas vão passando
pensamentos passeiam
por ruas habitadas por outros
e o coração não obedece

afoga o que te põe a nu
o que revela as insensatezes
desse querer que se mostra poderoso
que destroi a carne e te mostra inteiro

No meu sangue corre veias
velhas companheiras 
que não deixam sair
o fluxo 
desses quereres indizíveis

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pedaço de mim


Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim 
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

Chico Buarque

Porque a saudade me
seca a cada dia...



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Toc toc

- Quem é?
- Sou eu, o Vazio...

Aquele de quem todos correm
mas em todos habita...
Senhor do tempo e das horas perdidas.
Do desespero e da loucura em carne

Sou filho do ódio e do amor,
cultuado por muitos, temido por outros...

eis-me aqui para...

- Seja bem vindo.