sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Meus motivos"

E se um dia
eu me perder nos
motivos

aqueles que
eu tinha para
contiuar escrevendo

Não se preocupe.
Coloca-los-ei na
ordem alfabetica...

E começarei a reescreve-los
um por um, até que eu
já não tenha mais o que dizer.

Porém, ainda assim
escreverei sobre como é
não ter nada a escrever...

domingo, 6 de novembro de 2011

Alguém me ajuda???


Como boa aluna de cursinho que sou, costumo prestar bastante atenção
em todas as minhas aulas, em especial nas de literatura, na esperança
de agregar algum valor à minha literatura barata que você, querido leitor, está lendo agora.
Não costumo muito, como já devem ter percebido, incluir os leitores nos meus posts.
Não faço diálogos, nem textos "populares" - do tipo que tem milhões de views.
Prefiro a poesia - lá do meu jeito, mas o clássico sempre me atraiu mais.

Pois é, hoje resolvi abrir uma exceção. Até porquê, preciso de ajuda!!

Como ia dizendo, tenho três professores excelentes.
Eugênia Fraietta do blog bichodesetecabeças,Wellington Coelho e Maria Lúcia Peres - a popular Malu.
(Os melhores. A nata em literatura para Ensino Médio, quisa Ensino Superior - de Goiás.)

Então, vocês já devem imaginar que fico quase que vidrada nas aulas deles.
Por semana, tenho uma de cada. Contudo, nunca me senti tão desmotivada e triste
com a literatura como me senti essa semana. Tenho ruminado esse assunto desde terça.

Primeiro, foi com a aula da Eugênia.
Estávamos analisando a crítica do livro Uma Noite em Cinco Atos - Alberto Martins, ed. 34,
para o vestibular da UFG. Não sei o que aconteceu, mas tive a impressão de que minha
professora tem compartilhado das mesmas ideias do autor do livro.
Uma descrença quanto a poesia, quanto à literatura em si. O pensamento de que a poesia acabou,
de que não se tem mais espaço para os poetas, nem para qualquer coisa que demanda um pouco mais
de sensibilidade reina em absoluto no livro, e pelo jeito, também na cabeça da minha professora.
Pra mim, ficou evidente a descrença, principalmente em nós, os mais jovens quanto a
fazer algo que mude a triste realidade da poesia, da literatura.
Eu fiquei realmente chateada com as constatações e com a veemência dela ao repetir e repetir
que nós não damos a mínima para a poesia, que só lemos porque somos obrigados
pelo vestibular, e olha lá. Sei lá, acho que fiquei assim porque ela generalizou demais.
Tá, a aula acabou e até ai tudo bem. (Mentira, mas eu não podia fazer nada).
Depois era a aula do Wellington.

Fomos para o auditório, como de costume, e logo o professor começou a analisar outro livro que aparece no vestibular da UFG. Murilo Rubião, Obra Completa - Murilo Rubião, ed. Companhia de Bolso.
Então, como que confabulando com a Eugênia, ele começou com a total descrença na bondade do ser humano. Com a análise dos contos, "A fila" e "O Lodo", apesar de eu ter adorado quando li, 
meu dia acabou. Thomas More, Maquiavel, Hobbes, Rousseau, deviam ter ficado felicíssimos 
se tivessem assistido a essas duas aulas. 

Putz, definitivamente, voltarei a ler Nietzsche. Será que virei o tal do Sísifo?  Porque tenho me perguntado desde terça " o que que eu tô fazendo aqui nesse blog? se as coisas estão desse jeito, se quem devia acreditar já não acredita mais, por que continuo tentando escrever? pra que? pra quem? "
Eu gosto de escrever. Tudo bem que não sou um Murilo Rubião, um Alberto Martins e piorou um
Álvares de Azevedo da vida, mas eu tento colocar aqui o que vejo por ai...

Dai, depois de pensar muito, foi como se eu tivesse perdido a motivação pra continuar com o blog.
Então, por isso resolvi perguntar pros que ainda lêem. Vale a pena continuar escrevendo?
O Putz, e agora? tem alguma serventia?