quarta-feira, 3 de agosto de 2011

dos porquês que as flores morrem..

Diziam que era bela.
Belezas dessas que precisam de remendados adornos.
Toda quinta-feira tomava seu remédio.
E passava sorvendo-me os últimos pedaços de infância.
Época que as calçadas eram feitas de verdades eternas.
E os pecados ainda ficavam para os abraços dos cobertores.
Quantas vezes eu amei a novela e a ponte que trazia em seu corpo.
Um dia atravessei a ponte e os lápis perderam as cores.
Nascia a poetisa que não queria nascer, a poetisa meia, a poetisa não.
Bem vindo piso frio, rosto seco que sossega todas as grades.
Bem vindo homem de bem, atalaia das horas sem pressa.
Pro inferno o intelectual! 
Necessito de uma ignorância que me compreenda.
Que me dê o calor de novas cicatrizes.
Enquanto não descobrirem que estou aqui calada á margem da linha.
E que o ponto final só existe na poesia para quem ler.

domingo, 31 de julho de 2011

O passado que sou eu.

As luzes apagam-se
sentidos confundem-se..
 - Será isso ilusão? - talvez não.

Essa musica que cresce
- de quem é? - eu mesma fiz?!
Presa em minha própria mente
já não mais, vivo o presente..

Estive presa no passado
que me ataca, traiçoeiro
estava tão errada...
Com lembranças engasgadas

Que me cercam sem cessar

Enrolei-me comigo mesma
No passado que já fui
E não consigo deixar de ser...