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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Ao vento...

Se eu pedir,
Se eu pedir com cuidado
Se eu pedir por favor
Se eu pedir com os olhos
Se eu pedir com o coração


Se eu sussurrar,
Se eu sussurrar a minha saudade
Se eu sussurrar os meus desejos
Se eu sussurrar os meus planos
Se eu sussurar que a amo


Se eu mostrar,
Se eu mostrar a distância
Se eu mostrar nossos sorrisos
Se eu mostrar minhas lágrimas


Se eu pedir, por favor, de novo..
Se eu sussurar, minha saudade, de novo...
Se eu mostrar, minhas lágrimas, de novo...


Vento,
Se eu te der um nome... 
Você a traria pra mim?

A felicidade...


terça-feira, 18 de outubro de 2016

o cansaço da obsessão

De tudo que deveria ser dito
o melhor, Adeus.
A Deus.
aDeus

A obsessão corrompe o corrompido
reclama a alma dos envolta
enquanto distrai com o mel proferido

um tanto agridoce
gordura hidrogenada
pro EGO

Ah, o ego.
ferido
cicatrizado. áreas de anestesia.
processos hipertróficos.

o melhor,
suma
suma-se
consuma-se
de longe
muito
foda-se
A-deus.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A menina, ops.

Ela é uma moça bonita..
dessas belezas sorridentes,
barulhentas, inconvenientes

Pele branca como leite
tipo I de Fitzpatrick
sempre queima, nunca bronzeia

Anda amuada, fechando as janelas
guardando as inconveniências
Eu digo: para, moça. 

Ela diz: o inverno chegou

...

Chega disso menina...

Não posso mais te chamar de menina 
agora é mulher, mas ainda ser não quer

Então, arreganha logo essas portas, mostra os dentes
tira essa poeira cheia de passado que
te faz espirrar toda noite...

Vai varrendo. Vai limpando. Faz um pouco por dia
Olha que sol lindo lá fora, olha como o futuro pra você vai ser brilhante...
Para de esperar o verão.

A moça me deixa orgulhosa.. 
cada dia me escuta um pouquinho...
cada dia minha voz se torna mais alta e clara...

ela já abriu a metade de uma das cortinas.


domingo, 16 de agosto de 2015

Das vergonhas alheias

Hoje olho as coisas
diferentes de como olhava ontem.
Vejo o mundo mais seco. Mais áspero. Bem mais bonito!

Não que, antes, não fosse assim.
Já era.

Estava presa em páginas inúteis
como num "prefácio" da verdadeira felicidade.
Hoje, vivo o enredo. Cheio de montanhas,
cheio de planícies e cachoeiras e reticências.

eu sinto vergonha
não consigo evitar.  Vergonha da fraqueza alheia
Muita

por ver que a maioria passa a vida
na página da "dedicatória".

Mas os tricíclicos estão ai.
Como uma mão invisível que segura essa e amassa as outras...















"A mais profunda forma de desespero é escolher ser outro que não si mesmo." Soren Kierkegaard (1813-1855)

sábado, 18 de julho de 2015

Isomeria imperfeita. (repost)

E eu a olho no espelho
fingindo que não mais a vejo
menina.. você não é.

Por que se trair assim?
vale a pena esse copo de Gim?
e você sempre disse que é um caminho sem volta.

E eu dizia que é só dar meia volta..
Então, você pergunta sobre a imagem que construiu
eu me calo e penso - de que adianta sendo que isso a destruiu?

Foge. Corre.
Esconda-se no tempo sem horas
nas alucinações da cana
de tudo aquilo que a mostra em pelo..

E eu,
eu continuo aqui.
olhando-a do espelho...

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Bilhete pro meu Suicídio... (repost)

Goiânia, 13 de Dezembro de 2010


Basta.
Enfim.

Meus sonhos já não mais existem.
O que [sou|era] já me dói, mas não como antes,
aquela dor de quem acredita e se corta
lutando por isso.
A dor agora é de um alguém comum.
De um alguém vencido.
É muito mais vergonha por ter caído de joelhos
aos pés da massificação do que dor.

A vergonha de mim mesma, dói muito mais que a própria dor.
Eu nunca tive vontade de jogar nada pro alto.
O medo da vergonha que cresce e de meu ser toma conta, anestesia meus membros.

Por que?

Não sei porque me mato.
Não sei se por vergonha,
Por medo,
Por dor ou
Se por muito de tudo isso...

Conviver com a dor da vergonha já não me é mais possível...
Não quando me obrigo a olhar no espelho todos os dias...

Por isso e por coisas mais, me mato hoje.
Me matarei amanhã e depois e depois....

Me matei a primeira vez, na verdade,
quando aceitei abster-me de meus valores
para que outros pudessem ratificar os seus.

MEUS VALORES.
Não os que tentaram incutir em mim.


me matei      me mato      me matarei

Gostaria de não ter eu mesma, me traído, me negado.
Fui Judas de mim mesma. Fui Pedro de mim mesma.

terça-feira, 30 de junho de 2015

do que não fica pra trás...

e é como se o mundo estivesse num loop eterno.
não dá pra deixar lá atrás.
A certeza  do devir
não parece o bastante pra perceber que morreu lá.

Lá longe. Onde devia ter ficado.
sem buracos ou janelas pra ser acessado.
sem voz. numa rouquidão muda.

A mente trai. Heráclito devia ter sabido... O hoje vive
na sombra do ontem. Não importa o quanto se esforce
pro devir vir... junto com o "ah, esqueci".

Alguns dizem que aprenderam
outros que só se atrasaram e se magoaram..
eu fico com a segunda turma... e com um pouco da primeira.

mas ainda quero enterrar
num caixão de chumbo...



quarta-feira, 11 de março de 2015

Remorso

Remorso


Às vezes uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando,
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.

Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!

Sinto o que esperdicei na juventude;
Choro neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude.

Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!

(Olavo Bilac)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

given up...

" Every night I empty my heart
but by morning it's full again
slowly droplets of you seep in
throught the nights soft cares

at down I overflow with thoughts
of us, an aching pleasure that
gives me no respite

love cannot be contained
the neat packaging of desire
splits asender, spelling carmezin throught my days,
long languishing

days that are now brused
tender with yanning
spent searching for a fingerprint
a scent, a breath you left behind... "

das minhas brigas com ele.

De tudo que era
acabou-se perdendo
Nas águas que xiam
e vão poderosas

Na dor e torpor
a pílula vence
todo dia a dose
saboreia descrente

Da ilusão que havia
no coração de menina
a vida se inclina
e mata, dia após dia

E o lítio amigo
torna ilícito
a euforia de antes
dos dias perdidos

Fecha os olhos
espelho da alma
opacos estão
não valem mais nada

Um dia se para
domar não é certo
a pílula mata


o eu bem de perto

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O querer

 
Quando tinha não queria
quando quer não tem
o mundo gira em torno disso
do desdém...

e as horas vão passando
pensamentos passeiam
por ruas habitadas por outros
e o coração não obedece

afoga o que te põe a nu
o que revela as insensatezes
desse querer que se mostra poderoso
que destroi a carne e te mostra inteiro

No meu sangue corre veias
velhas companheiras 
que não deixam sair
o fluxo 
desses quereres indizíveis

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Canção - Cecília Meireles

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

sexta-feira, 30 de março de 2012

A lista dos meus sonhos...


Faça uma Lista dos sonhos que tinha...

Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora

Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?

Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você


Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver

Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você.

                                 A lista - Oswaldo Montenegro


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Verídico


Quando eu crescer
quero poder
não sei direito o que
mas quero poder...

talvez, dizer o que
quero poder...
ou então,
poder o que quero dizer...



Uma dia quando eu envelhecer
quero poder 
deixar de respirar
caso eu não possa mais escrever...

Mas hoje, só quero parar
de em plena aula de Matemática
em meus poemas pensar!


sábado, 3 de dezembro de 2011

Duvidando...

é como os vermes
que nascem pequeninos e crescem
de um dia para o outro
assim como o dos Anjos costumava
dizer.. somos mortais
e a morte,
ah, a morte
ela nunca será bonita!
do mesmo jeito que a morte
se aproxima sorrateira, lenta (para alguns)
as dúvidas brotam não sei do que
vindo não sei de onde
e começam a subir pra garganta
sufocando quem quer que seja
do mesmo jeito que os vermes fazem
que seja podre,
que seja finito,
que seja destruido
e não seja nada bonito.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Meus motivos"

E se um dia
eu me perder nos
motivos

aqueles que
eu tinha para
contiuar escrevendo

Não se preocupe.
Coloca-los-ei na
ordem alfabetica...

E começarei a reescreve-los
um por um, até que eu
já não tenha mais o que dizer.

Porém, ainda assim
escreverei sobre como é
não ter nada a escrever...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Senhas

Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos

Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas

Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades

Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem



                         Adriana Calcanhotto