domingo, 7 de agosto de 2011

Post que mereceu um post (7) [sic]

Eu estava parada no meio do nada. Uma forte luz ofuscava a minha visão. Eu não conseguia abrir os olhos. Tentei caminhar, mas meu corpo não obedecia aos comandos do meu cérebro. Eu estava paralisada. Tentei respirar fundo, mas senti uma dor enorme no peito. A forte luz ainda me incomodava, estava lentamente me acostumando com a claridade. Tapei os olhos com as mãos e tentei abri-los novamente. Eles arderam como fogo. Quando finalmente consegui abri-los, percebi que tinha uma pessoa deitada no chão a alguns metros de mim. Tentei perguntar quem era, mas nem eu mesma pude ouvir minha voz. Respirei fundo e percebi que a dor no meu peito havia desaparecido. Forcei meus pulmões e minha garganta e consegui falar com uma voz baixa e rouca:

- Quem está aí?

Não houve resposta alguma. Tentei caminhar e meu corpo respondeu lentamente. Minhas pernas tremeram quando dei o primeiro passo e por um momento não senti o chão sob meus pés, parecia que eu estava flutuando. Mas o vôo não durou muito tempo. Eu me choquei no chão como uma pedra, me apoiando em minhas mãos e joelhos, sentindo uma dor enorme que parecia querer me rasgar ao meio. Levantei com dificuldade, me esforçando para ficar de pé. Respirei fundo e dei um passo firme. Consegui me manter de pé. Olhei para frente e a pessoa continuava imóvel no chão. Gritei novamente, mas foi em vão. Dei mais um passo à frente, caminhando em sua direção, tentando distinguir sua fisionomia. Ela me parecia familiar. Caminhei lentamente e com muito cuidado.
Quando me aproximei daquele corpo imóvel à minha frente, senti meu estômago embrulhar e minha cabeça girar. Uma angústia terrível se abateu subitamente sobre mim. Eu conhecia aquela pessoa. Minha garganta estava seca. Fiquei paralisada. Meu rosto estava estático com uma expressão indescritível. Meus olhos se encheram de lágrimas. Me aproximei e me inclinei sobre o corpo. Não pude acreditar no que eu estava vendo! Aquela pessoa imóvel, estirada no chão, sem nenhum sinal de vida, tão pálida que chegava a doer os olhos ao olhar para ela, era... eu!



 

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