sábado, 23 de outubro de 2010

Cavador(a)* do Infinito

(Pra Malu)*

"Com a lâmpada do Sonho desce aflito 
E sobe aos mundos mais imponderáveis, 
Vai abafando as queixas implacáveis, 
Da alma o profundo e soluçado grito.


Ânsias, Desejos, tudo a fogo, escrito 
Sente, em redor, nos astros inefáveis. 
Cava nas fundas eras insondáveis 
O cavador do trágico Infinito.


E quanto mais pelo Infinito cava 
mais o Infinito se transforma em lava 
E o cavador se perde nas distâncias...



Alto levanta a lâmpada do Sonho. 
E como seu vulto pálido e tristonho 
Cava os abismos das eternas ânsias! "


                                          Cruz e Souza, Cavador do Infinito





Vlw pela comparação Malu...


Agora sim, acho que tive o discernimento 
necessário para enxergar a sua interpretação 
de uma ligação entre esse poema e o "falar da mesma coisa"
com relação ao meu (Os Gritos das Verdades Minhas - postado).

Apesar de não possuir a classe e divinidade 
que Cruz e Souza possuia (e não conhecer esse poema dele)
acho que dissemos a mesma coisa de maneira diferente...
Ele metafórico, elegante e perfeito em cada palavra. 
Encaixando cada verso em perfeita imagem do ser.
Eu, bem clara e direta. Dei-me à preocupação de
fazer com que ignorantes pudessem entender o que afirmei.

No mais, "humildemente" querida, ótima comparação...
(hahahha' tô me achando suuuuperr simbolista... rsrsrsr)

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