terça-feira, 8 de novembro de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Ao vento...

Se eu pedir,
Se eu pedir com cuidado
Se eu pedir por favor
Se eu pedir com os olhos
Se eu pedir com o coração


Se eu sussurrar,
Se eu sussurrar a minha saudade
Se eu sussurrar os meus desejos
Se eu sussurrar os meus planos
Se eu sussurar que a amo


Se eu mostrar,
Se eu mostrar a distância
Se eu mostrar nossos sorrisos
Se eu mostrar minhas lágrimas


Se eu pedir, por favor, de novo..
Se eu sussurar, minha saudade, de novo...
Se eu mostrar, minhas lágrimas, de novo...


Vento,
Se eu te der um nome... 
Você a traria pra mim?

A felicidade...


terça-feira, 18 de outubro de 2016

o cansaço da obsessão

De tudo que deveria ser dito
o melhor, Adeus.
A Deus.
aDeus

A obsessão corrompe o corrompido
reclama a alma dos envolta
enquanto distrai com o mel proferido

um tanto agridoce
gordura hidrogenada
pro EGO

Ah, o ego.
ferido
cicatrizado. áreas de anestesia.
processos hipertróficos.

o melhor,
suma
suma-se
consuma-se
de longe
muito
foda-se
A-deus.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sobre durezas.

"das imensas coisas enormemente difíceis

é difícil dar adeus
não adeusinho
não até loguinho
não despedir-se dignamente
digo dar adeus como decepar a mão direita, porque está podre e em breve vai feder e gangrenar
dar adeus àquilo que vai permanecer embora decepado
mas que não pode continuar"

e.f

Via Eugênia Fraietta

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Cotidiano em Nánia...

Tenho uma lagartixa no meu banheiro.
Ela é pequena, creio eu que ainda seja adolescente.
É dessas brancas, quase transparente, e toda vez que a vejo
me lembro dos tempos de menina na escola quando me chamavam de
"lagartixa brancaaa, lagartixa brancaaa".

Acho-a tão engraçadinha que já pensei em pegar pra mim.
Mas olha que estranho, eu já a tenho.
Nos encontramos todos os dias a noite quando abro a porta do banheiro.
Ela toda preocupada, ressabiada, se esconde atrás da pia.
Mal sabe ela que eu sou assim também.

Decidi não tirá-la de lá. Seguimos as duas.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

A menina, ops.

Ela é uma moça bonita..
dessas belezas sorridentes,
barulhentas, inconvenientes

Pele branca como leite
tipo I de Fitzpatrick
sempre queima, nunca bronzeia

Anda amuada, fechando as janelas
guardando as inconveniências
Eu digo: para, moça. 

Ela diz: o inverno chegou

...

Chega disso menina...

Não posso mais te chamar de menina 
agora é mulher, mas ainda ser não quer

Então, arreganha logo essas portas, mostra os dentes
tira essa poeira cheia de passado que
te faz espirrar toda noite...

Vai varrendo. Vai limpando. Faz um pouco por dia
Olha que sol lindo lá fora, olha como o futuro pra você vai ser brilhante...
Para de esperar o verão.

A moça me deixa orgulhosa.. 
cada dia me escuta um pouquinho...
cada dia minha voz se torna mais alta e clara...

ela já abriu a metade de uma das cortinas.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Já vi amanheceres o suficiente pra entender que em algumas fases da vida eles são melhores que os anoiteceres...

sexta-feira, 11 de março de 2016

Resiliência

“a capacidade de um indivíduo em possuir uma conduta sã num ambiente insano, ou seja, a capacidade do indivíduo sobrepor-se e construir-se positivamente frente as adversidades”.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Relances

Curiosidade. Isso. Pura.

De entender o porquê
da infelicidade escondida
Quando o sucesso presente é nítido
E o futuro é evidente...

Ainda me surpreendo com essa arrogância
em pensar que nada foge aos meus olhos...

Tranquilidade. Uma palavra longa demais.
E um sentimento perigoso. Muito.
T-R-A-N-Q-U-I-L-I-D-A-D-E
É o que enxergo nas raríssimas vezes
que olho...

Porque curiosidade é só isso.
Percepções de relances.

É perigoso.
Como um poço coberto por água.
Então, já é tarde demais...

Ainda tenho vergonha. É verdade.
Mas é menor hoje. Como já disse,

Percepções de relances. Nada demais!


domingo, 16 de agosto de 2015

Das vergonhas alheias

Hoje olho as coisas
diferentes de como olhava ontem.
Vejo o mundo mais seco. Mais áspero. Bem mais bonito!

Não que, antes, não fosse assim.
Já era.

Estava presa em páginas inúteis
como num "prefácio" da verdadeira felicidade.
Hoje, vivo o enredo. Cheio de montanhas,
cheio de planícies e cachoeiras e reticências.

eu sinto vergonha
não consigo evitar.  Vergonha da fraqueza alheia
Muita

por ver que a maioria passa a vida
na página da "dedicatória".

Mas os tricíclicos estão ai.
Como uma mão invisível que segura essa e amassa as outras...















"A mais profunda forma de desespero é escolher ser outro que não si mesmo." Soren Kierkegaard (1813-1855)

sábado, 18 de julho de 2015

Isomeria imperfeita. (repost)

E eu a olho no espelho
fingindo que não mais a vejo
menina.. você não é.

Por que se trair assim?
vale a pena esse copo de Gim?
e você sempre disse que é um caminho sem volta.

E eu dizia que é só dar meia volta..
Então, você pergunta sobre a imagem que construiu
eu me calo e penso - de que adianta sendo que isso a destruiu?

Foge. Corre.
Esconda-se no tempo sem horas
nas alucinações da cana
de tudo aquilo que a mostra em pelo..

E eu,
eu continuo aqui.
olhando-a do espelho...